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Médico-veterinário deve ter equipe qualificada para realizar uma cesariana de sucesso

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A cesariana é um procedimento cirúrgico peculiar e exige muito cuidado e atenção do médico-veterinário, pois ele estará diante não apenas de um paciente, mas sim da fêmea gestante e um número variado de filhotes. Essa foi uma das explanações realizadas pela médica-veterinária e docente no curso de Medicina Veterinária nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU, São Paulo/SP), Gisele Veiga, em sua palestra ‘Quando indicar a cesariana?’, realizada durante o 14º Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Conpavepa).

 

Segundo a profissional, é de fundamental importância que a equipe veterinária responsável pela cesariana seja treinada, uma vez que fêmea e os fetos apresentam particularidades fisiológicas, fato este que faz da cesariana um procedimento cirúrgico ímpar e diferente de qualquer outra cirurgia. “Quando o cirurgião, o anestesista e a equipe de assistência neonatal não estão aptos pode haver comprometimento da viabilidade materna e neonatal”, explica.

 

Como apresentados por Gisele, existem dois tipos de cesariana: a eletiva e a emergencial. “A eletiva é uma cesariana programada, enquanto que a emergencial é realizada nos casos de distorcias em que há impossibilidade ou grande risco de morte para a mãe e para os fetos pelo parto via vaginal”. A cesariana eletiva, também conhecida como programada, é realizada com base na data da concepção, segundo a profissional. “Para a escolha da data considera-se os resultados de exames como a dosagem dos níveis séricos de progesterona que apresentam valores inferiores a 2ng/ml no período de 24-36 horas antes do parto”. A avaliação ultrassonográfica, como ela explica, também é importante para o acompanhamento da organogênese fetal, que se completa a partir de 57 dias de gestação. “A temperatura retal da gestante também é um parâmetro que auxilia na escolha do momento ideal para a cesariana, pois normalmente, ela diminui aproximadamente 1 a 2 graus antes do parto”, completa.

 

Para que qualquer tipo de cesariana seja realizada com sucesso, a médica-veterinária destaca a importância da realização do pré-natal. O diagnóstico de gravidez pode ser concluído pelo exame ultrassonográfico a partir de 25 dias de gestação em cadelas e gatas e, a partir daí, deve-se iniciar o acompanhamento. “O pré-natal é um conjunto de cuidados que visam assegurar a saúde materna e fetal. Com ele, é possível prever intercorrências que possam acontecer durante a gestação e no momento do parto, evitando, por exemplo, as cesarianas emergenciais que normalmente são de grande risco para a fêmea e os filhotes”, aponta.

 

A forma em que a cesariana é feita e o motivo pelo qual é realizada são importantes, no entanto, a decisão do momento ideal para a sua realização é o que os profissionais denominam de “a hora de ouro”. “No caso das distorcias, em que o tratamento clínico ou a realização das manobras obstétricas não são efetivos, a cesariana deve ser imediatamente realizada. Da mesma maneira, fazer o acompanhamento gestacional e decidir a possível data para a realização da cesariana eletiva é fundamental”, destaca. Conhecer a fisiologia da gestação e todos os mecanismos envolvidos no momento do parto, de acordo com Gisele, permite a realização do diagnóstico precoce de intercorrências. “Desta maneira, a cesariana pode ser corretamente indicada e evita-se o nascimento prematuro ou tardio e, por conseguinte, a taxa de mortalidade materna e neonatal será reduzida”, insere.

 

As técnicas de cesariana realizadas em cadelas também podem ser realizadas em gatas, segundo Gisele. “A escolha da técnica cirúrgica varia de acordo com o interesse reprodutivo na fêmea, com a presença ou não de fetos viáveis e de acordo com a viabilidade uterina. A cesariana pode ser realizada pela histerotomia com histerorrafia, histerotomia associada à ovariohisterectomia, e pela ovariohisterectomia ‘en bloc’”, menciona.

 

Após a cirurgia, deve ser realizado um cuidado adicional na ferida cirúrgica e na administração de medicações prescritas pelo médico-veterinário no pós-operatório. “A alimentação deve ser a mesma do período gestacional, preferencialmente rações balanceadas com nutrientes que favoreceram a produção de leite e que suprem as necessidades energéticas da fêmea lactente. Atualmente, há no mercado rações específicas para o período gestacional e pós-parto”, expõe Gisele.

 

O período gestacional das fêmeas varia de 57 a 72 dias. Em média, a duração é de 63 dias e, normalmente, o número de filhotes é variável de acordo com a raça. “Raças pequenas apresentam de um a três filhotes enquanto que raças grandes e gigantes o número pode chegar, em média, até dez. Nos felinos, o número varia de dois a quatro filhotes, em média”, diz a palestrante.

 

Durante a apresentação, Gisele citou que algumas raças têm maior predisposição a enfrentarem problemas durante a gestação ou parto. Entre elas, nos cães, destacam-se as raças braquicefálicas como buldogue, shitzu, pug, entre outras, que, comumente, apresentam distorcia. “Por essa razão, a cesariana normalmente é realizada nessas fêmeas”, afirma. Outras situações como idade e peso dos animais podem ocasionar em complicações na chegada dos filhotes. Para que o parto aconteça é preciso haver contração uterina e contração abdominal. Fêmeas obesas possuem gordura entre os músculos do abdômen e, por essa razão, as contrações abdominais não são eficientes para o parto normal, o que faz com que essas fêmeas sejam submetidas à cesariana. “Já em fêmeas idosas, a flacidez muscular também contribui para a ocorrência das distorcias”.

 

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